A Kingston, fabricante de dispositivos de memória como pendrives e cartões de memória, anunciou o lançamento no Brasil de sua linha de SSDs. Os SSDs (discos de estado sólido, isto é, sem partes móveis) são a última palavra em armazenamento de dados. É como se vários cartões de memória flash fossem colocados em uma placa e controlados simultaneamente.
A diferença entre os cartões de memória e os SSDs: os dados são divididos em cada célula de memória, diminuindo o desgaste e aumentando a vida útil dos SSDs. Você leu direito. Os SSDs tem um ciclo finito de vida, como qualquer cartão de memória. Mas até aí, qualquer HD se desgasta com o tempo. Pode durar mais que um SSD, mas um dia, qualquer HD falha. E quando isso acontece, não tem volta. Com os SSDs, pelo menos é possível recuperar os dados depois. Apesar de não permitir que mais dados sejam gravados, o SSD fica totalmente acessível, podendo ser usado para transferência para outro disco. A estimativa é que um SSD dure 3 anos em uso constante.
Quanto menos ciclos de gravação, maior será a durabilidade. A principal vantagem do SSD é a velocidade de acesso e gravação. Ele trabalha com uma taxa de transfarência de 5 a 10 vezes mais rápida que um HD convencional. É claro, em números teóricos, pois em uso corrente, o ganho para o usuário comum não chega a ser tão grande. Em nossos testes, um notebook equipado com HD comum foi, do boot até o desktop, em 1 min e 35 seg. Com o SSD, o tempo foi reduzido para 45 seg. Parece pouco, mas no dia a dia, isso pode fazer uma diferença enorme.
Outra vantagem do SSD é a redução no consumo de energia. Como não tem partes móveis, o drive conserva bateria. Em desktops e servidores, a principal vantagem é a menor geração de calor. Quanto mais quente um PC, mais ventilação ele precisa. E quanto mais ventoinhas, maior o ruído.
O mais bacana do SSD é que ele é virtualmente indestrutível. Se um notebook cai no chão com o HD funcionando, o dano pode ser instantâneo e irreparável. O choque faz as agulhas do HD arranharem o disco. Um SSD pode tomar o tombo que for e continua inteiro. Se o computador não for destruído no impacto, os dados podem ser acessados. E se o dano for irreparável no notebook, em muitos casos, o SSD ainda funciona.
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